A Muralha de Afuá: a árvore gigante que guarda segredos da Amazônia

Por Redação | Conexão Norte

No coração da floresta amazônica, no município de Afuá, extremo norte do Pará, ergue-se uma árvore de proporções colossais e mistério profundo. Conhecida como “A Muralha”, essa sumaúma de mais de 60 metros de altura impressiona não apenas pelo tamanho, mas pela sua história viva e simbólica, enraizada na cultura ribeirinha da região.

Uma guardiã da floresta com séculos de existência

Apesar de ser conhecida pelas comunidades locais há gerações, não se sabe a idade exata da árvore. Estimativas baseadas em seu tamanho e espécie indicam que ela pode ser mais velha que o próprio Brasil — a sumaúma tem expectativa média de vida de 500 a 800 anos, e essa, em especial, é considerada por especialistas como um exemplar raríssimo e sagrado.

Seus contrafortes (raízes expostas) chegam a 3 metros de altura e formam um labirinto natural na base, desafiando até mesmo quem tenta fotografá-la por inteiro. Vídeos recentes, como o da ambientalista Amyris Fernandez, mostram a dificuldade de capturar a grandiosidade da Muralha em um só clique: “É uma árvore enorme, antiga e sagrada”, define.

Mais do que árvore, um organismo vital da floresta

A Muralha não é apenas visualmente impactante. Como todas as sumaúmas, ela cumpre um papel essencial no equilíbrio ecológico: suas raízes absorvem água do lençol freático e a redistribuem para outras plantas do entorno, um sistema natural que garante vida à floresta mesmo nos períodos mais secos.

Por isso, é reverenciada como “Rainha da Floresta” ou “Árvore da Vida” pelas comunidades tradicionais. Seu entorno é respeitado, e muitas histórias e lendas locais se conectam à sua existência silenciosa, mas poderosa.

Um símbolo de resistência e reverência à Amazônia

A presença da Muralha em Afuá reforça a grandiosidade e o valor sagrado da natureza amazônica, num momento em que o mundo todo discute mudanças climáticas, conservação e justiça ambiental. A árvore não é só patrimônio natural — é também um símbolo de permanência, ancestralidade e sabedoria da floresta.

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